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Ainda não tão conhecido no Brasil, o Light Steel Frame ajudou e muito o governo chileno na reconstrução pós desastres.
E a tendência é que cada vez mais esse sistema se popularize pelo país e pelo continente. Mesmo que o mercado ainda esteja receoso, o sistema cresce todos os anos. O receio se dá somente pela falta de conhecimento. Quem já conhece o Steel Frame não tem dúvidas sobre suas vantagens e qualidades.
O país sofre em 2010 um forte desastre natural. Um terremoto seguido de tsunami devastaram o país.
E após tanta destruição o governo precisou de um sistema rápido para reconstruir. Se a construção convencional fosse utilizada, o processo demoraria muito. Isso deixaria a população ainda mais desolada e em necessidade.
Quer saber como os chilenos encontraram a solução? Continue lendo! Mas antes vamos conhecer um pouco sobre como surgiu esse sistema inovador.
A história do Light Steel Frame
Utilizado desde a colonização americana, no século XIX pelos ingleses, o Light Steel Framing é um sistema que parece ter sido criado por alguém com um pensamento muito à frente da sua época.
A ideia era atender toda a demanda e o rápido crescimento com que os Estados Unidos enquanto colônia vinha tendo. E por isso era necessário um sistema que tivesse como característica a velocidade, mas sem perder, é claro, a qualidade na construção.
Na época, se chamava Wood Framing ou Wood Frame (Wood significa madeira). Passou a ser chamado de Steel frame apenas em 1933, após a revolução industrial do aço. Ocorreu isso quando um protótipo de uma casa criada com o Light Steel foi apresentado na Feira mundial de Chicago.
A partir daí o sistema começou a ser utilizado cada vez mais e se popularizando na América do Norte e em toda a Europa.
Para você ter uma noção do quão popular e eficaz é esse sistema, veja alguns números dos Estados unidos:
- 500.000 Casas, aproximadamente, são construídas todos os anos;
- Mais de 40% de construções comerciais utilizam esse sistema para serem erguidas.
Os números na América Latina são os seguintes:
- Chile ocupa o primeiro lugar, utilizando o sistema em quase 60% de todas as construções;
- Argentina utiliza em aproximadamente 40%;
- Brasil utiliza em apenas 1% das construções.
- Os números ao redor do mundo:
- Canadá, Austrália, toda a Europa, Ásia (principalmente o Japão), utilizam em larga escala.
É importante dizer que o Japão foi o primeiro país a utilizar o Steel Framing para uma grande reconstrução que ocorreu após a segunda guerra mundial.
Esse também parece ser um dos motivos que levaram o Chile a escolher o sistema para fazer a sua reconstrução.
Por que o Light Steel Frame entrou em ação? Relembrando a tragédia de fevereiro de 2010
Fevereiro de 2010, para ser mais exato, dia 27. Os alunos voltando das férias de verão e o país cheio de expectativa com a seleção, já que era ano da Copa do Mundo na África do Sul.
Porém, aconteceu um imprevisto. Na madrugada do dia 27, um terremoto de 8,8 graus de magnitude atingiu a zona central do país, causando grandes abalos sísmicos que também acabaram provocando um Tsunami. Ambos não foram previstos pelas autoridades.
No final do dia, 525 mortos, muitas famílias destruídas e 30 bilhões de dólares em perdas.
Algumas subtrações aqui, outras divisões ali e calculou-se que 18% do Produto Interno Bruto havia ido embora com o terremoto. A grande onda, as 4.600 escolas, 50 cidades e 900 povoados (prejudicados).
70% do turismo da zona afetada, 80 centros médicos derrubados, milhares de casas destruídas e, para finalizar, 1.600 quilômetros de estradas danificadas.
Esse foi o cenário chileno após o terremoto.
A reconstrução do Chile com o Light Steel Frame
Apesar dos pesares, o acontecimento revolucionou a engenharia civil no Chile e fez com que essa reconstrução se colocasse entre as mais bem-feitas do mundo.
Não tinha jeito, o Chile precisava seguir em frente e agir. Mas como ficariam aquelas pessoas? Como ficariam as crianças que perderam suas famílias? Os país que perderam seus filhos? Todos que perderam suas casas?
A única alternativa era criar um plano de reconstrução que agisse rápido, com eficiência e com qualidade.
Foi aí que, provavelmente, o governo Chileno lembrou do Japão pós segunda guerra e pós Hiroshima, e lembrou do Steel Frame.
Por que o Steel Frame foi escolhido
Tudo se encaixou perfeitamente, pois essas são as características desse sistema:
– Estrutura de aço leve e moldado;
– Dispensa o uso de cimentos e/ou tijolos;
– Possui uma elevada resistência sísmica;
– Custo baixo de produção e instalação;
A junção dessas características faz com que haja uma facilidade muito maior na colocação de tubagens e condutores elétricos do que haveria na construção com alvenaria convencional, reduzindo, e muito, o tempo da obra.
Depois de definido, só para contextualizar, a primeira atitude foi aumentar os impostos para ter como investir. Os impostos que as empresas pagam.
Após isso, eles utilizaram a mão de obra dos próprios cidadãos para poder criar o ciclo (Governo fornece emprego – Trabalhador volta a comprar produtos – Governo volta a recolher impostos) e assim foram construindo as casas nos antigos lugares, o que, em tese, tornaria a reconstrução muito mais difícil.
Foi o que aconteceu?
Nem perto disso. 2 anos após o terremoto, 100% dos subsídios já foram entregues, 67% das casas já estavam em construção e 37% concluídas (27% para reparação e 10% para novas casas).
A ideia é do governo era terminar 4 anos após o terremoto, uma promessa que foi cumprida e com tremendo sucesso.
Sistema SIP de paredes Steel Frame – tecnologia utilizada
Outro sistema que ajudou muito na reconstrução do Chile, mas que não alcançou o seu lugar ao sol ainda no Brasil foi o Structural Insulated Panels (SIP). Traduzido para português, significa Painéis Isolantes Estruturais.
Esse sistema possui duas camadas de Placas OSB e entre essas duas camadas está uma camada de Poliestireno Expandido (EPS).
O vídeo acima retrata muito bem o que é o SIP e como ele ajudou e tem ajudado o Chile e os Chilenos na construção de novas moradias mais confortáveis, mais resistentes, mais baratas e com a vantagem, como dita no vídeo, a resistência térmica.
Outro benefício também é a aceitação de diversos investimentos, tanto do lado externo quanto do lado interno do SIP.
O mercado, não só do SIP, mas também do Light Steel Frame no Brasil ainda tem muito para onde se expandir, basta você perceber que o Chile utiliza o LSF em mais de 60% das construções enquanto o Brasil utiliza em apenas 1%.
Então, para finalizar, a dica que fica é procurar entender e saber trabalhar com esse sistema para se manter atualizado no mercado e diante dos clientes.
Já entendeu por que cada vez mais pessoas estão escolhendo o Steel Frame nas obras?
Compartilhe com seus amigos para entenderem a importância desse sistema no Brasil!
Informação valiosa. Para minha sorte que achei o seu blog por sorte, e estou muito satisfeito com o que eu encontrei aqui. Até logo abraço.